Desta vez, não se pode culpar a segurança pública pelo que aconteceu na escola municipal de Realengo, Zona Oeste do Rio.
É impossível prever um comportamento destes, por que se trata de deliquência. Em todos nós, uma tristeza imensa ao saber que crianças foram mortas dentro da sala de aula, na escola, onde todos os pais pensam: meu filho está seguro.
A solução também não é colocar detector de metais nas escolas nem escalar policiais para vigiar o local. Escola não é ambiente para se portar armas nem se criar uma atmosfera de insegurança ou fragilidade.
Poderia ter sido pior se o sargento PM Márcio Alexandre Alves (BPRv) não se fizesse presente. Aqui, também deixamos nosso reconhecimento por sua ação eficiente.
Essa tragédia nasceu da mente perturbada do psicopata Wellington Menezes de Oliveira. Só posso pensar que se trata de um doente mental. Veio ainda da incompetência em perceber o outro, veio de famílias desintegradas provavelmente sem acesso aos bens básicos de saúde e mesmo de educação. Para se somar, um estado que não consegue fiscalizar, pois como pode um jovem sem recursos, vindo de família humilde, conseguir armas de alto calibre e munição? Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli descobriram que o atirador ainda tinha 66 munições para serem deflagradas quando foi alcançado pelo sargento Márcio Alves.
Agora, as famílias choram por suas crianças queridas e por tudo que elas poderiam ser. Uma dor sem fim.
Que o Estado e o Município fiquem ao lado dessas famílias dando o suporte necessário de saúde, acompanhamento psicológico e financeiro.
Aqui, como pai e cidadão, quero humildemente deixar meu abraço e desejar paz e força para todos os familiares dessas crianças. Com certeza, Deus já as recebeu.